História
Segundo pesquisadores, o Distrito do Coxipó é considerado o primeiro núcleo de povoamento não indígena da cidade de Cuiabá por onde passaram as bandeiras (bandeirantes) entre os anos de 1673 e 1682, quando Pascal Moreira Cabral lavrou a ata de fundação do pequeno Arraial da Forquilha, em 1719, que depois recebeu o nome de Cuiabá.
Madureira, Costa e Carvalho, em 1990 enfatizam que, foi na busca dos índios Coxiponés que a bandeira de Antônio Pires de Campos, em 1718, atingiu o Rio Coxipó. No encalço dessa bandeira, veio outra, comandada por Pascoal Moreira Cabral, em 1719, a qual, acidentalmente, encontrou ouro nas barrancas do citado rio. Avançando Coxipó acima, os bandeirantes se deparam com os temíveis índios Coxiponés na confluência dos rios Mutuca e Coxipó, e em confronto são rechaçados pelas suas bordunas e flechas.
A função de caçar índios relegada a segundo plano, cedendo lugar às atividades mineradoras, praticadas ainda de forma rudimentar. Ferreira (2001) relata que, no período de 1722 a 1726, Cuiabá destacava-se como uma das mais populosas cidades do Brasil. Em decorrência disso, houve grande migração para o Estado de profissionais de diversas áreas dedicados a principio à extração do ouro, garantindo, assim, a subsistência e a continuidade da povoação local.
Além da preocupação com os índios inicialmente, e depois com a extração do outro, se preocuparam também com o aspecto religioso, pois juntamente com os desbravadores vieram os religiosos e foram se instalando na região do Coxipó atual.
Culto a Nossa Senhora da Guia
Segundo consta, era nos altos do Coxipó, provavelmente no local onde se situa hoje o Santuário a Nossa Senhora da Guia, que os bandeirantes se reuniam para suas investidas para a região em busca do metal precioso, ou para o plantio agrícola, construindo ali rude capela, antes de 1884.
Em seus momentos de concentração os aventureiros começaram a cultuar fervorosamente a Mãe de Deus, sob o título de Nossa Senhora como sua Guia em suas dificies e perigosas aventuras pelo interior do Estado.
A devoção a Nossa Senhora da Guia chegou a nós, segundo relatos do Pe. Osmar Rezende, ex-pároco desta Comunidade, através dos bandeirantes.
Paróquia Nossa Senhora da Guia
Tendo em vista a existência de uma capela no local e participada por todos, principalmente pelos aventureiros bandeirantes, no ano de 1864, a Câmara Municipal, legaliza a situação do terreno localizado junto ao das Irmãs, Filhas de Maria Auxiliadora.
Em 1864, após diversas vezes, a Capela de Nossa Senhora da Guia caiu em ruínas, e naquele mesmo ano a Câmara Municipal legaliza o terreno da igreja, segundo consta do livro Tombo no 01.
O citado Livro, da Prefeitura de Cuiabá, e Crônia do Patronato Santo Antonio confirmam mesmo em 1864 a denominada “Capella da Povoação” já não existia, a não ser seus muros (fls.34, L.Tombo); em 1897 uma capela periclitante havia sido reconstruída e inaugurada em 13 de junho no ano de 1911 foi derrubada e novamente reconstruída pelo Arcebispo Dom Aquino no ano de 1926 passa por uma reforma, tendo em vista sua precária situação física, em termos de reboco e pintura;
No dia 05 de junho de 1947, Dom Aquino Correa, Arcebispo de Cuiabá elevava ao titulo de Paróquia Nossa Senhora a Igreja de Coxipó da Ponte, desligando-a da Paróquia de São Gonçalo.
Sede Paroquial e Comunidades
1.Matriz: Nossa Senhora da Guia (Shangrilá);
2.São Pedro (Praieiro);
3.Nossa Senhora da Paz (Jardim Petrópolis);
4.João Paulo II (Praerinho);
5.Santa Maria Goretti (Cophema);
6.Sant’ Ana (Jardim das Palmeiras);
7.Nossa Senhora de Fátima (Vista Alegre);
8.Madre Mazzarello (Parque Geórgia);
9.São Benedito (Boa Esperança);
10.Sagrado Coração de Jesus (Renascer);
11.Santa Rita de Cássia (Jardim das Américas);
12.São Miguel e Santa Marta (Jardim Itália);
13.São Mateus (Jardim Universitário);
14.Santa Cruz (Santa Cruz);
15.Nossa Senhora Aparecida (Jardim Imperial II);
16.Laura Vicuña e Domingos Sávio (Jardim Imperial II).
Atualmente o Pároco responsável é Pe. Osvaldo Scotti